Evento tradicionalmente realizado na Ceilândia ganha edição especial na Comunidade Criativa, na 506 da Asa Sul. Hip-hop, R&B, Rap, Disco, Funk, Soul e Boogie compõem o repertório dos DJ’s
Romper a barreira do tempo e unir gerações por meio da música. Esse é o objetivo da Festa Disco N’ Funk que aterrissa no próximo sábado, 18 de dezembro, na Infinu, comunidade criativa presente na quadra 506 da Asa Sul. Idealizada pelos DJ’s e produtores Alessandro Souza (o DJ Lethal) e Jean Carlos (Dj Jean), – conhecidos das noites de Brasília pelas festas Da Bomb e Parque Sonoro – a festa mistura conceitos ao reunir vanguardismo e influências atuais, com o radar voltado para o resgate cultural e social.
“Toda música é dance music. Mas as pessoas que pensam em dance music, pensam em techno ou house. Qualquer coisa que você possa dançar é ‘dance music’. Não importa se é clássico, funk, salsa ou reggae”, descreve o DJ Lethal, ceilandense e fomentador da cena musical do DF. O DJ iniciou sua trajetória em meados de 2006 desenvolvendo diversos projetos, entre eles, os eventos Racha Piso Sound System, Parque Sonoro, Headphones e Acetato. LethaL desenvolve pesquisas musicais surpreendentes e possui técnica apurada nas mixagens, com sets que vão do eletrônico ao groove, passando pela disco, soul e funk.
“Temos uma parceria com a Infinu que transcende suas paredes e vem desde a época do evento PicNik, a acústica da casa é ótima e o espaço está preparado para receber pessoas de todas as partes”, explica o Lethal, sobre o fato de realizar esta edição no Plano Piloto, ele explica: “aqui fica mais centralizado e fácil para todas as tribos, de todas as partes do DF, se encontrarem”. Parceiro do DJ Lethal nessa empreitada musical e amante da Black Music desde os anos 80, DJ concorda e afirma: “esta é uma oportunidade para que todas as gerações congreguem e curtam os embalos de dois dos ritmos mais marcantes da história da música”, diz o DJ Jean.
Jean, que iniciou oficialmente sua carreira em 1997, usa técnicas musicais exclusivas de discotecagem, mixando áudio e vídeo ao vivo com performance em toca discos. Hip-hop, R&B, Rap, Disco, Funk, Soul e Boogie compõem o repertório do artista, que também atua como professor da Oficina de Djs do Jovem de Expressão, um projeto social na Ceilândia, onde ele dá aulas gratuitamente para jovens da periferia que não tem condições de pagar um curso de DJ . O DJ explica que cada edição da Festa Disco N’ Funk reconstrói a cultura da música de discoteca de várias épocas de forma sensorial e social.” Inclusive nas festas da Disco N’ Funk sempre levamos um aluno pra discotecar junto com a gente. Já passaram vários por ela”, descreve contente Jean.
Já foram 14 edições do evento, todas realizadas na Ceilândia. Para os idealizadores, há um fenômeno incrível que a festa proporciona a cada edição, que é o encontro de gerações. Desde a galera do passinho, até para os mais tímidos, é difícil ficar indiferente. O evento seguirá todas as regras de segurança impostas pela Covid-19 para o momento.
Serviço
FESTA DISCO N’ FUNK ATERRISSA NA INFINU